Você está pronta para dividir o teto (ou sua mesinha de cabeceira) com alguém?

Abrir espaço para a chegada de uma outra pessoa em casa pode ser desafiador (ou enlouquecedor, dependendo do seu signo rs), mas nossa wavemaker tem dicas para você.


Por Fernanda Cavalcanti

Pra mim, o amor se expressa de muitos jeitos: no cuidado, na rotina compartilhada, nos espaços divididos. Mas ele também se expressa na organização da casa, mesmo que você ainda não tenha se dado conta (principalmente se você não dá muita importância para isso ou é a bagunceira da relação). Mas eu posso garantir: uma casa que acolhe, também aproxima. 

Quando chega aquela hora em que o date começa a virar algo mais sério e vocês passam a dividir os espaços com mais frequência, também é preciso levar em conta como eles serão divididos - e a organização pode também ser uma grande aliada da harmonia e do bem-estar no relacionamento. 

⁠“Não moramos juntos, mas sempre estamos um na casa do outro.”

Cada um mantém seu espaço, mas a rotina já se mistura: uma semana na casa de um, outra na casa do outro. E, aos poucos, escovas de dente, camisetas e temperos favoritos vão ficando por lá.

Algumas sugestões para esse tipo de relação:

Crie espaços exclusivos para receber o outro, mesmo que pequenos.

Uma gaveta no quarto, um cantinho no banheiro, um espaço na geladeira ou uma cestinha no armário da cozinha. Isso mostra cuidado, acolhimento e respeito pela presença do outro.

Evite o improviso eterno.

Ao invés de bolsas jogadas ou roupas empilhadas num canto, invista em soluções simples: caixas organizadoras, ganchos, prateleiras ou cestos ajudam a manter tudo funcional, mesmo quando o espaço é pequeno.

Organização com afeto.

Deixe à vista itens que têm valor afetivo para os dois — uma foto, um bilhete, um objeto que remete a momentos bons. Isso ajuda a criar sensação de pertencimento, mesmo sem morar juntos oficialmente.

Que tal criarem uma rotina de cuidado em comum?

Adotem uma plantinha e cuidem dela juntos. Esse pequeno gesto fortalece o senso de unidade.

“⁠Vamos morar juntos. E A G O R AAAA?”

Mudar a dinâmica da relação e dividir o mesmo teto é um passo importante, óbvio, mas também um convite para olhar com mais atenção para os espaços da casa — e entender que agora ela precisa refletir dois mundos que se encontram.

Certa vez, uma cliente me procurou, aflita com a ideia de que 'precisaria caber na casa do namorado' — e não conseguia ver como isso seria possível. A primeira coisa que eu disse foi: 'Você não precisa caber na casa dele. Vocês vão morar juntos, e aquela será a sua casa também. Em um movimento como esse, ambos precisam estar igualmente dispostos a abrir espaço e a olhar para a casa como uma unidade que se forma.'

Dicas para esse momento de transição:

Revisem o que vocês têm antes da mudança.

Não adianta levar tudo para a nova casa:  entendam o que faz sentido para esse novo momento e, de resto, desapego! Doem ou vendam, e coloquem essa grana numa caixinha comum para usarem na casa nova. Vocês vão perceber que têm itens duplicados, dos mais simples aos maiores. Escolham sempre os de melhor qualidade para ficar. 

Esse é também um encontro entre o "jeitinho" de cada um morar.

Cada pessoa tem a sua maneira de viver, de organizar (ou não rs). Ouvir o outro, negociar e encontrar soluções comuns que sejam práticas e funcionais para os dois é essencial. Falem sobre o que incomoda, sobre o que gostam. 

Falem sobre dinheiro.

Eu gosto muito da ideia de ter um cartão da casa para compras e contas comuns. Cada um coloca uma grana lá e o cartão pode ser usado pelos dois.

Dividam responsabilidades desde o início.

Estabelecer uma rotina leve de cuidados com a casa ajuda a evitar sobrecargas e mal-entendidos. A organização também é sobre diálogo.

Transforme o lar em reflexo da história de vocês.

Incluam itens que representem ambos: fotos, objetos com valor afetivo, cores, plantas, aromas. Quando a casa acolhe, ela também aproxima.

Organizar com intenção é uma forma de cuidar do vínculo

Criar espaço para o outro, respeitar jeitos diferentes, combinar rotinas, deixar a casa mais prática e também aconchegante — tudo isso é parte da convivência. E tudo isso pode ser construído com a organização dando estrutura para a casa.

Não se trata de rigidez, mas de intenção. Desde dar identidade ao espaço, passando pela criação de uma rotina feliz e também possível.

Minha proposta é simples: olhe para a casa como um alicerce que dá base e ajuda a sustentar uma relação a dois, em que ambos importam igualmente. 

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