O poder do feminino: uma jornada de resiliência e arte

Inspire-se nas histórias de três mulheres retratadas com força e vulnerabilidade pela nossa wavemaker e fotojornalista ao redor do mundo

por Evelina Rönnbäck

Um tema central do trabalho da fotojornalista sueca Evelina Rönnbäck são as histórias de pessoas que ela encontra em suas viagens e retrata de maneira íntima e poderosa. Sua fotografia capta uma mistura distinta e evocativa de emoção, narrativa e a humanidade. 

Com um portfólio diverso, abrangendo desde projetos documentais em ambientes desafiantes até retratos dinâmicos de indivíduos e comunidades, ela já passou por mais de X países do mundo. Neste ensaio, ela nos conta a história de três mulheres inspiradoras que conheceu.

Masako Wada, sobreviviente de Hiroshima e Nagasaki, 82 anos 

Para muitos esquiadores e snowboarders (incluindo eu), o Japão é um dos locais mais incríveis para se esquiar na neve fofa. No início de 2025, eu, os meus esquis e a minha máquina fotográfica fomos para lá para esquiar e trabalhar.

Nessa aventura, procurei também por um relato gravado não na neve, mas na história — porque compreender um lugar significa ver todas as suas camadas, creio.

Este ano assinalam-se 80 anos desde que as duas bombas atómicas foram lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão. Uma parte devastadora da história, onde cerca de 230.000 pessoas foram mortas e que ainda afeta o cotidiano de quem ali vive.

Tive a honra de conhecer Masako Wada, uma das Hibakushas que sobreviveram à bomba. Hoje, ela luta para contar as histórias dos sobreviventes e trabalha para o desarmamento nuclear em todo o mundo. É também Secretária-Geral Adjunta do Nihon Hidankyo, galardoado com o Prémio Nobel da Paz em 2024.

Uma mulher verdadeiramente inspiradora, com um grande coração e um impulso em direção à paz e à humanidade.

Maud Ekbom, alpinista sueca, 77 anos

Em 2024, estava a escrever um artigo e iniciei um projeto sobre desportos radicais através da perspetiva de alguns idosos realmente dedicados, como o esqui, o surf, o BTT, a escalada e muito mais.

Uma das pessoas que conheci foi Maud Ekbom, que descobriu a sua paixão pela escalada aos 57 anos. Desde então — há mais de 20 anos — dedicou a sua vida ao desporto.

Adorei trabalhar neste projeto e conhecer tantos atletas inspiradores que, apesar da idade e do tempo, são a prova de que até os desportos mais radicais podem ser praticados em todas as fases da vida — se acreditar que consegue!


Sabine Choucair, libanesa e fundadora da Clown me In, 43 anos

Uma organização que tenho o prazer de fotografar em diferentes jornadas, eventos e colaborações é a Clowns Without Borders.

Uma mulher muito inspiradora que conheci através deste trabalho é Sabine Choucair, do Líbano, fundadora da organização Clown Me In, que é também parceira da Clowns Without Borders.

Conhecemo-nos e trabalhámos juntos durante uma missão de ajuda na Turquia há alguns anos, após o devastador terramoto que atingiu a Turquia e a Síria.

A Clowns Without Borders e a Clown Me In apoiaram crianças e famílias afetadas pelo terramoto, com especial foco no apoio psicossocial – trazendo momentos de riso, leveza e conexão humana no meio da crise.

A energia e o amor que a Sabine traz a este mundo e a outras pessoas são únicos. E ela continua a inspirar-me todos os dias!

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